quinta-feira, 5 de novembro de 2009


DETECÇÃO PRECOCE EM CÂNCER.

O que é detecção precoce ou screening em câncer?
A detecção precoce significa fazer o diagnóstico do câncer no seu estágio pré-sintomático, ou seja, antes que a pessoa manifeste algum sintoma relacionado com a doença ou apresente alguma alteração ao exame físico realizado por um profissional da área da saúde.
O câncer, como outras doenças, tem uma história natural que se caracteriza por um espectro que tem, no seu início algumas células malignas - que por razões ainda não esclarecidas não são destruídas pelo sistema de proteção natural do organismo - e vai até o estágio em que a doença é clinicamente diagnosticável através de seus sinais e sintomas.
Características da detecção precoce
Os exames e testes laboratoriais e de imagem , utilizados na detecção precoce de um determinado tipo de câncer, não fazem o diagnóstico desse câncer, mas sim selecionam as pessoas com suspeita de ter esse tipo de câncer, para que testes mais específicos sejam realizados e seja confirmada ou afastada tal suspeita. Geralmente, o teste confirmatório é uma biópsia ou exame de um determinado tecido do corpo (anátomo-patológico).
Para que um teste seja considerado de "screening", ou seja, para que seja considerado adequado para ser realizado numa pessoa que não apresente sinais e sintomas da doença, ele deve:
Ter a capacidade de diagnosticar o câncer, antes que a pessoa desenvolva sintomas
Oferecer pouco risco ou desconforto para a pessoa
Ter um custo acessível
Por outro lado, para desenvolver métodos de detecção precoce em relação a um determinado tipo de câncer, é necessário:
Haver evidências científicas suficientes de que, se esse câncer for diagnosticado precocemente haverá um tratamento médico disponível que melhore a evolução da doença
Que esse tratamento não seja pior que a própria doença
Isto quer dizer que não adianta o teste ser bom, pouco desconfortável e barato mas não ter um tratamento disponível para mudar a história natural da doença. Também não adianta ter tratamentos que possam ser instituídos na fase pré-clínica da doença (fase da doença em que ainda não se pode fazer o diagnóstico pelos sinais e sintomas que a doença provoca), se não existem testes que diagnostiquem esse câncer nesta fase pré-clínica.
Além dessas características descritas anteriormente (ter a capacidade de diagnosticar um câncer precocemente e esse câncer ter tratamentos disponíveis para se alterar a sua história natural), a detecção precoce deve ser realizada só naqueles cânceres que, se diagnosticados precocemente e instituído tratamento efetivo precocemente, podem modificar o custo afetivo, pessoal e financeiro relacionado ao diagnóstico e ao tratamento e/ou diminuir a mortalidade relacionada com esse tipo de câncer. Ou seja, não adianta fazer diagnóstico precoce e tratar o câncer na sua fase pré-clínica , se isto não vai alterar a mortalidade e/ou o sofrimento da pessoa. Porque nesse caso, o que está sendo feito é simplesmente tornar uma pessoa saudável e assintomática em uma pessoa doente com todos os custos pessoais e financeiros relacionados ao diagnóstico e ao tratamento de uma doença como essa.
Muitos tipos de cânceres e vários testes diagnósticos têm essas características:
Diagnosticar o câncer antes de desenvolver sinais e sintomas
Ter um tratamento efetivo contra este tipo de câncer
Que tipo de testes são feitos para detectar precocemente um câncer?
A forma mais fácil de fazer esse teste é através da observação visual de lesões suspeitas, seguida da palpação. São procedimentos fáceis, de baixo custo e com um mínimo de desconforto.
A inspeção(ou exame visual) de alterações de textura e coloração da pele, mucosa oral, retina e colo uterino é um exemplo de como se pode buscar alterações sugestivas de uma lesão pré-maligna.
A palpação também é particularmente útil, fácil de se fazer e barata para detectar precocemente nódulos de mama, próstata aumentada ou linfonodos alterados.
Outros tipos de testes são feitos para se detectar precocemente. São testes de imagem como raio-X, ecografias ou testes laboratoriais, como testes de sangue e urina.
Que tipos de cânceres podem ser diagnosticados precocemente?
Exemplos de cânceres nos quais é possível ser realizada a detecção precoce e serem tratados efetivamente:
câncer de mama
o câncer de colo uterino
câncer de cólon.
Para diminuir as suas chances de desenvolver um câncer, siga estes conselhos:
Consulte-se com o seu médico regularmente
Faça os exames de detecção precoce de câncer que ele recomendar, com a freqüência que for mais adequada para o seu caso específico.
Não fume
Não ingira bebidas de álcool em excesso
Coma frutas, legumes e verduras diariamente
Tome bastante água
Pratique exercícios físicos regularmente conforme indicação médica
Evite o sol entre as 10 horas e 16 horas
Mulheres: amamentem seus filhos
Previna-se de doenças sexualmente transmissíveis através de métodos de barreira(camisinha)
Pratique uma fé religiosa ou outra forma de espiritualização
Seja feliz!



PREVENÇÃO EM CÂNCER .

O que é?
Prevenção em câncer é reduzir a possibilidade do aparecimento de qualquer tipo de câncer.
Exemplos de estratégias de prevenção são:
evitar contato com carcinógenos (substâncias que causam câncer), por exemplo, evitar o contato, sem proteção, com alguns solventes utilizados na indústria, para prevenir câncer de pulmão, orofaringe (boca e garganta) e bexiga.
modificar hábitos de dieta ou de vida que alterem uma predisposição genética a um determinado tipo de câncer, por exemplo, evitar o fumo (uso de tabaco) em qualquer uma de suas formas ou a ingestão de grandes quantidades de bebida alcoólica, para prevenir câncer de pulmão, esôfago e orofaringe;
evitar uma exposição ambiental que esteja relacionada a uma maior incidência de um determinado tipo de câncer, por exemplo, evitar a exposição ao sol nos horários em que os raios ultravioleta estão mais fortes, como das 10 às 16 horas, para prevenir câncer de pele.
alterar o efeito de determinada substância sobre um determinado órgão que poderia estar relacionada a um determinado tipo de câncer, por exemplo, o uso de antiestrogênios, para prevenir câncer de mama.
tratar lesões pré-malignas, por exemplo, retirar lesões do colo uterino antes que se tornem malignas, para prevenir câncer de colo uterino.
Todas essas medidas são baseadas em vários estudos científicos, nos quais se observou ou se testou uma determinada atitude que se mostrou efetiva na diminuição do número de novos casos de câncer.
Estes estudos são muito difíceis de ser realizados não só pelo seu custo, mas também por dificuldades metodológicas específicas de se poder afirmar que determinado elemento está relacionado diretamente com a causa de uma específica doença. Porém, eles são muito importantes e extremamente proveitosos se forem comparados com o custo médico e pessoal que está envolvido no fato de uma pessoa receber o diagnóstico de que está com câncer.


DETECÇÃO PRECOCE DO CÂNCER DE BEXIGA .

O que é detecção precoce ou screening de um tipo de câncer?
Detecção precoce ou "screening" para um tipo de câncer é o processo de procurar um determinado tipo de câncer na sua fase inicial, mesmo antes que ele cause algum tipo de sintoma. Em alguns tipos de câncer, o médico pode avaliar que um grupo de pessoas corre mais risco de desenvolver um tipo específico de câncer por causa de sua história familiar, por causa das doenças que já teve ou por causa dos hábitos que tem, como fumar, consumir bebidas de álcool ou comer dieta rica em gorduras.
A isso se chama fatores de risco e as pessoas que têm esses fatores pertencem a um grupo de risco. Para estas pessoas, o médico pode indicar um determinado teste ou exame para detecção precoce daquele câncer e com que freqüência este teste ou exame deve ser feito. Para a maioria dos cânceres, quanto mais cedo (quanto mais precoce) se diagnostica o câncer mais chance essa doença tem de ser combatida.
Qual é o teste que diagnostica precocemente o câncer de bexiga?
A bexiga é um órgão na parte baixa do abdômen, um pouco acima e atrás do osso do púbis. Ela armazena a urina que os rins produzem após filtrarem o sangue do corpo, retirando as substâncias desnecessárias para o funcionamento do corpo. A urina vai dos rins até a bexiga através de dois pequenos tubos (um para cada rim) chamados ureteres. A bexiga "guarda" a urina até estar suficientemente cheia para a pessoa sentir vontade de urinar e esvaziá-la, através da uretra. A bexiga é feita de uma camada muscular que estica e encolhe dependendo do volume de urina que ela "guarda".
Todo o tecido que recobre os ureteres, a bexiga e a uretra, pode sofrer uma transformação maligna e transformar-se em câncer. O câncer na bexiga é o tipo mais comum desses três locais.
Cistoscopia é o exame que olha a uretra, a bexiga e o início dos ureteres por dentro.
Como o médico faz este exame?
Durante a cistoscopia, um pequeno instrumento com uma luz na ponta, o cistoscópio, é introduzido pela uretra e procura lesões com aspecto anormal neste tecido. Se algum local tiver uma aparência suspeita de estar acometido de alguma transformação, o cistoscópio pode coletar uma pequena amostra do tecido, que é retirado e examinado num microscópio.
A esse exame chama-se biópsia e exame patológico da bexiga. Esse exame é muito útil para examinar pessoas que já tiveram câncer de bexiga. Ele não serve para ser feito em pessoas que não têm uma história sugestiva de câncer de bexiga ou de pessoas que estejam sem sintomas. Ou seja, esse exame não foi comprovado ser útil como um exame de detecção precoce para a população em geral.
Pesquisa de sangue na urina (hematúria) também não foi comprovado ser útil como exame de detecção precoce desse tipo de câncer.
Vários estudos estão sendo realizados para se desenvolver um exame de detecção precoce de câncer de bexiga em pessoas da população em geral sem sintomas. Informe-se com o seu médico se você tem indicação de fazer algum exame em especial, se você pertence a algum grupo de risco para esse tipo de câncer ou se novos métodos de detecção precoce já foram desenvolvidos.
Quais os fatores de risco mais comuns para câncer de bexiga?
Idade:
A maioria das pessoas que desenvolve esse tipo de câncer faz o diagnóstico dessa doença após os 60 anos de idade.
Raça:
O câncer de bexiga é mais comum em pessoas brancas do que em pessoas de outra cor, porém as pessoas negras que desenvolvem câncer de bexiga morrem mais por causa da doença do que os brancos.
Sexo:
O câncer de bexiga é mais comum em homens do que mulheres, porém as mulheres que desenvolvem câncer de bexiga morrem mais por causa da doença do que os homens.
Fumo:
Pessoas que são ou foram fumantes têm mais chance de desenvolver este tipo de câncer do que as pessoas que jamais fumaram. O risco de desenvolver este tipo de câncer diminui progressivamente depois que a pessoa pára de fumar, porém o risco entre os ex-fumantes permanece mais alto do que para os que nunca fumaram, mesmo passados mais de 10 anos que a pessoa deixou de fumar.
Substâncias químicas:
O câncer de bexiga está associado ao contato com inúmeras substâncias químicas e pessoas que trabalham com substâncias como tintas e corantes, borracha e carvão, podem ter este risco aumentado. Logo, trabalhadores da indústria do papel, couro, cordas ou roupas podem ter maior risco para este tipo de câncer.
Pessoas que trabalham com lavagem de roupas a seco também podem ter mais risco de desenvolver um tumor na bexiga. Pessoas que receberam quimioterapia (tratamento para alguns tipos de câncer) com ciclofosfamida podem ter seu risco aumentado para câncer de bexiga assim como quem recebeu radioterapia (tratamento para câncer com radioatividade) diretamente sobre a pelve (baixo-ventre).


CÂNCER DE COLO DO ÚTERO E DE MAMA.

O Instituto Nacional de Câncer, em suas estimativas anuais, vem identificando o câncer do colo do útero e o câncer de mama como os tipos de câncer mais freqüentes entre as mulheres brasileiras, o mesmo sendo evidenciado em relação a estas doenças como causa de óbito.As características biológicas do câncer do colo do útero, e a existência de um método de exame simples, barato, seguro e aceitável pela população feminina para a sua detecção precoce, o exame citopatológico (Papanicolaou), permitem que essa doença apresente um elevado potencial de prevenção e cura.

CÂNCER DE COLO DO ÚTERO.
No Brasil, estima-se que o câncer do colo do útero seja o terceiro mais comum na população feminina, sendo superado pelo câncer de pele e pelo de mama. Este tipo de câncer representa 10% de todos os tumores malignos em mulheres. É uma doença que pode ser prevenida, estando diretamente vinculada ao grau de desenvolvimento do país.

FATORES DE RISCO.
Os principais fatores de risco identificados para o câncer do colo do útero são: fatores sociais, ambientais e os hábitos de vida, tais como baixas condições sócio-econômicas, atividade sexual antes dos 18 anos de idade, pluralidade de parceiros sexuais, vício de fumar (diretamente relacionado à quantidade de cigarros fumados), poucos hábitos de higiene e o uso prolongado de contraceptivos orais. Estudos recentes mostram ainda que o vírus do papiloma humano (HPV) está presente em 99% dos casos de câncer do colo do útero. Apesar do conhecimento cada vez maior nesta área, a abordagem mais efetiva para o controle do câncer do colo do útero continua sendo o rastreamento através do exame preventivo. Sua realização periódica permite reduzir em 70% a mortalidade por câncer do colo do útero na população de risco.O exame preventivo do câncer do colo do útero - conhecido popularmente como exame de Papanicolaou - é indolor, barato e eficaz, podendo ser realizado por qualquer profissional da saúde treinado adequadamente. Ele consiste na coleta de material para exame na parte externa (ectocérvice) e interna (endocérvice) do colo do útero. O material coletado é afixado em lâmina de vidro, corado pelo método de Papanicolaou e, então examinado ao microscópio. A fim de garantir a eficácia dos resultados, a mulher deve evitar relações sexuais, uso de duchas ou medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais nos dois dias anteriores ao exame e não submeter-se ao exame durante o período menstrual. Toda a mulher que tem ou já teve atividade sexual deve submeter-se a exame preventivo periódico, especialmente dos 25 aos 59 anos de idade. Inicialmente, o exame deve ser feito a cada ano. Quando não se faz prevenção e o câncer do colo do útero não é diagnosticado em fase inicial, ele progredirá, ocasionando sintomas. Os principais sintomas do câncer do colo do útero já localmente invasivo são o sangramento no início ou no fim da relação sexual e a ocorrência de dor durante a relação. Só um profissional de saúde pode avaliar adequadamente cada caso e fazer a indicação de um tratamento adequado.



PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO.

O que é prevenção de um tipo de câncer?
Prevenir o aparecimento de um tipo de câncer é diminuir as chances de que uma pessoa desenvolva essa doença através de ações que a afastem de fatores que propiciem o desarranjo celular que acontece nos estágios bem iniciais, quando apenas algumas poucas células estão sofrendo as agressões que podem transformá-las em malignas. São os chamados fatores de risco.
Além disso, outra forma de prevenir o aparecimento de câncer é promover ações sabidamente benéficas à saúde como um todo e que, por motivos muitas vezes desconhecidos, estão menos associadas ao aparecimento desses tumores.
Nem todos os cânceres têm estes fatores de risco e de proteção identificados e, entre os já reconhecidamente envolvidos, nem todos podem ser facilmente modificáveis, como a herança genética (história familiar), por exemplo.
Como se faz prevenção no câncer de colo uterino?
O câncer de colo uterino, como a maioria dos tipos de câncer, tem fatores de risco identificáveis (para maiores informações sobre fatores de risco para esse tipo de câncer leia o artigo "Detecção Precoce do Câncer de Colo Uterino" nesse site) . Alguns desses fatores de risco são modificáveis, ou seja, pode-se alterar a exposição que cada pessoa tem a esse determinado fator, diminuindo a sua chance de desenvolver esse tipo de câncer.
Há também os fatores de proteção. Ou seja fatores que, se a pessoa está exposta, a sua chance de desenvolver esse tipo de câncer diminui.
Entre esses fatores de proteção também há os que se pode modificar, expondo-se mais a eles.
Os fatores de risco e proteção para o câncer de colo uterino mais conhecidos e que podem ser modificados são:
Exame de Papanicolau ou preventivo de câncer
Fazer o exame preventivo de câncer de colo uterino é a forma mais eficaz de diminuir a chance de ter esse tipo de câncer.
O médico colhe material do colo uterino durante um exame ginecológico e avalia se há presença de células alteradas, com características sugestivas de tumor na sua fase inicial (que ainda não penetrou nas camadas mais profundas do colo) ou de fases anteriores (lesões precursoras) que, se deixadas, se tornarão um tumor. Se essas células são encontradas, um procedimento para retirar todo ou uma parte do colo uterino, dependendo do tamanho da lesão, é realizado e a mulher fica curada daquele tumor.
Mulheres mais velhas normalmente deixam de fazer esse exame, muitas vezes por orientação do seu próprio médico ou porque deixam de se consultar com um ginecologista.
Por isso mesmo elas têm risco de desenvolver esse tumor, já que não o diagnostica na sua fase inicial.
Toda mulher deve fazer o exame preventivo de câncer do colo uterino a partir da primeira relação sexual ou após os 18 anos. Esse exame deve ser feito anualmente ou com menor freqüência, a critério médico.
Infecção pelo Vírus Papiloma Humano (HPV).
O Vírus Papiloma Humano (HPV) é um vírus extremamente comum, do qual existem mais de 80 sub-tipos. Alguns deles são transmitidos sexualmente (por contato sexual com parceiro portador desse vírus). Desses, alguns estão associados ao câncer de colo uterino. Mais freqüentemente, os sub-tipos 16 e 18 estão associados a esse tipo de tumor.
Não existe tratamento para esse tipo de vírus e ele desaparece sozinho, sem tratamento, na grande maioria das vezes. Porém, a maioria dos cânceres de colo uterino têm a presença desse vírus.
Ou seja, as mulheres portadoras desse vírus devem fazer exames mais freqüentes com o seu ginecologista ou profissional de saúde capacitado para detectar alterações sugestivas de lesões malignas ou pré-malignas tão cedo quanto possível, o que aumenta muito a chance de se fazer um procedimento que a deixem complemente curadas.
Fumo
Fumar aumenta o risco de desenvolver esse tipo de câncer.
Parar de fumar ou evitar fumo passivo (inalar fumaça de fumantes próximos) é uma forma de prevenir esse tipo de tumor.
História da Vida Sexual
Mulheres que tiveram a sua primeira relação sexual muito cedo, antes dos 16 anos, ou que têm ou tiveram muitos parceiros, têm maior risco de ter esse tipo de câncer. Possivelmente, isso é o reflexo de maior exposição a doenças sexualmente transmissíveis , como o HPV, que estão associados a esse tipo de tumor.
Outras doenças sexualmente transmissíveis também estão associadas a esse tumor, como o herpes simples e o HIV.
Por isso, a prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis, com o uso de métodos de barreira (camisinha ou condom) e uso de espermicida, diminui a chance de desenvolver esse tipo de tumor.
Dieta
Vários estudos têm associado uma diminuição no risco de desenvolver câncer de colo uterino em mulheres que ingerem micronutrientes nas suas quantidades adequadas.
Os micronutrientes mais freqüentemente descritos como benéficos, nestes estudos, são os carotenóides, a vitamina C e E.
Provavelmente, estes estudos estão demonstrando de forma indireta que uma dieta variada, balanceada e rica em vegetais é benéfica e diminui as chances da mulher de desenvolver esse tipo de tumor.


DETECÇÃO PRECOCE PARA O CÂNCER DE COLO UTERINO.

Sinônimos
Exame de Papanicolau; Exame Preventivo de Câncer de Útero; Exame Preventivo de Câncer da Cérvice Uterina.
O que é detecção precoce ou screening de um tipo de câncer?
Detecção precoce ou screening para um tipo de câncer é o processo de procurar um determinado tipo de câncer na sua fase inicial, antes mesmo que ele cause algum tipo de sintoma. Em alguns tipos de câncer, o médico pode avaliar qual grupo de pessoas corre mais risco de desenvolver um tipo específico de câncer por causa de sua história familiar, por causa das doenças que já teve ou por causa dos hábitos que tem, como fumar, consumir bebidas de álcool ou comer dieta rica em gorduras.
A isso se chama fatores de risco e as pessoas que têm esses fatores pertencem a um grupo de risco. Para essas pessoas, o médico pode indicar um determinado teste ou exame para detecção precoce daquele câncer e dizer com que freqüência esse teste ou exame deve ser feito. Para a maioria dos cânceres, quanto mais cedo (quanto mais precoce) se diagnostica o câncer mais chance essa doença tem de ser combatida.
Qual é o teste que diagnostica precocemente o câncer de colo uterino?
O colo uterino é a parte do útero que fica dentro do canal da vagina, na sua parte superior. Ele tem um orifício por onde sai a menstruação. Nesta parte há células que podem se modificar produzindo um câncer. O exame de Papanicolau ou "preventivo de câncer de colo uterino" é o teste mais comum e mais aceito para ser utilizado para detecção precoce do câncer de colo uterino.
Como o médico faz este exame?
Este teste é feito por um médico ou um técnico treinado para isto, num consultório ou ambulatório. Durante um exame vaginal, antes do exame de toque, um aparelho chamado espéculo vaginal é introduzido na vagina para que o colo uterino seja facilmente visualizado. Com uma espátula e/ou uma escova especial, o médico coleta algumas células do colo uterino e da vagina e as coloca numa lâmina de vidro. Essa lâmina com as células é examinada em um microscópio para que sejam identificadas anormalidades que sugiram que um câncer possa se desenvolver ou que já esteja presente.
Quais os fatores de risco mais comuns para uma mulher desenvolver câncer de colo uterino?
Idade:
A maioria das mulheres que tem câncer de colo uterino na sua fase inicial (in situ) tem entre 25 e 30 anos. Após esta idade, o risco de ter um câncer de colo uterino mais avançado aumenta com o passar dos anos. A chance de morrer de câncer de colo uterino também aumenta com a idade, sendo que a metade das mulheres que morrem desse tipo de câncer tem mais de 65 anos.
Exames de Papanicolau anteriores:
Mulheres que nunca fizeram um exame de Papanicolau ou que não o fazem há muitos anos têm mais risco de ter câncer de colo uterino do que as mulheres da sua idade que regularmente fazem este exame.
Infecção pelo vírus Papiloma (HPV):
O Papiloma é um vírus que infecta o trato genital dos homens e das mulheres. Alguns tipos desse vírus podem causar transformações nas células do colo uterino que evoluem para câncer. A maioria das pessoas que têm esta infecção não tem câncer de colo uterino, porém, a maioria das pessoas que têm câncer de colo uterino tem ou tiveram esta infecção. Por isto, saber quem tem ou não os tipos de vírus associados ao câncer é importante para escolher quais mulheres e com que freqüência o exame de detecção precoce deve ser feito.
Infecção pelo vírus da AIDS ou SIDA (vírus da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida):
Mulheres que estão infectadas pelo vírus da AIDS ou SIDA têm mais chance de ter câncer de colo uterino.
História da vida sexual:
Mulheres que tiveram a sua primeira relação sexual muito cedo (antes dos 18 anos) ou que tiveram ou têm muitos parceiros têm mais probabilidade de desenvolver esse tipo de câncer.
Vários estudos têm demonstrado que fazer o exame de Papanicolau regularmente, após os 18 anos, ou antes, se já tiver iniciado sua vida sexual, reduz a chance de desenvolver esse tipo de câncer e de morrer devido a ele.
Consulte o seu médico para saber se você tem algum dos fatores de risco e com que freqüência deve realizar este exame.

Câncer de cólon.
Faça o teste. Isso pode curá-la.
Ninguém é imune ao câncer. De qualquer forma, ele pode ser curado, se detectado no início! Hoje, o câncer de cólon é uma das principais causas de morte no país.
O câncer colo-retal é evitado através de testes regulares e através da remoção de pólipos (adenomas) no cólon, o qual, muitas vezes, desenvolve tumores cancerosos. Você pode reduzir seu risco de contrair câncer colo-retal fazendo escolhas saudáveis e tomando algumas providências simples e fáceis, que podem salvar sua vida.
Atitudes que você deve tomar:
*Faça exercícios diariamente, mesmo que seja por apenas 10 minutos!
*Não fume.
*Mantenha seu peso controlado.
*Beba moderadamente.
*Ações que você deve adotar:
*Faça regularmente o check-up preventivo, pesquisa de sangue oculto nas fezes, sigmoidoscopia, enema opaco, ou colonoscopia.
*Pergunte ao seu médico sobre os fatores de risco.
*Verifique, na sua família, se alguém possui pólipos de câncer de cólon, reto, mamas.
*Pergunte ao seu médico se você deve fazer o exame de sangue oculto nas fezes.
*Como, geralmente, começa um pequeno pólipo...
*Câncer colo-retal, geralmente, começa com um pequeno pólipo que vai crescendo dentro do cólon ou do reto. Pólipos, freqüentemente, levam entre 5 e 15 anos para se tornarem cancerosos e, fazendo exercícios regularmente, você pode reduzir a possibilidade de esses pólipos crescerem. [Nem todo pólipo vira câncer, mas, removendo esses pólipos o quanto antes, previne-se a formação de tumores cancerosos].

Previna o câncer de intestino!
Uma substância presente no brócoli, espinafre, no tomate e na laranja ajuda a evitar tumores de intestino. A luteína, conforme pesquisas americanas recentes, ajuda a evitar o câncer de cólon, uma das doenças que mais estão aumentando, devido às deficiências na alimentação.... e cêrca de 90% das vítimas estão ao redor de 50 anos!! A luteína possui propriedades antioxidantes e age diretamente na membrana das células, fazendo com que elas sejam menos suscetíveis ao ataque dos radicais livres. Mudar de hábitos à mesa é muito importante. Entre as causas que foram estudadas como responsáveis pela elevação do risco de câncer de cólon e de reto, a alimentação ocupa o primeiro lugar! Uma dieta rica em gordura aumenta a chance da pessoa desenvolver este tipo de câncer.
Para se evitar o câncer de cólon e reto, o ideal é ingerir 5 porções de frutas e verduras por dia....além disso, é necessário fazer pelo menos 20 minutos de exercícios todos os dias, assim voce estará reduzindo os riscos desta doença!
Editora responsável: Dra. Elisabete Almeida


DETECÇÃO PRECOCE PARA O CÂNCER DE CÓLON E RETO.

O que é detecção precoce ou screening de um tipo de câncer?
Detecção precoce ou screening para um tipo de câncer é o processo de procurar um determinado tipo de câncer na sua fase inicial, antes mesmo que ele cause algum tipo de sintoma. Em alguns tipos de câncer, o médico pode avaliar qual grupo de pessoas corre mais risco de desenvolver um tipo específico de câncer por causa de sua história familiar, por causa das doenças que já teve ou por causa dos hábitos que tem, como fumar, consumir bebidas de álcool ou comer dieta rica em gorduras.
A isso se chama fatores de risco e as pessoas que têm esses fatores pertencem a um grupo de risco. Para essas pessoas, o médico pode indicar um determinado teste ou exame para detecção precoce daquele câncer e com que freqüência esse teste ou exame deve ser feito. Para a maioria dos cânceres, quanto mais cedo (quanto mais precoce) se diagnostica o câncer, mais chance essa doença tem de ser combatida.
Qual é o teste que diagnostica precocemente o câncer de cólon?
O tubo digestivo é composto de várias partes diferentes, começando pela boca, passando pelo esôfago, o estômago, o intestino delgado, o intestino grosso ou cólon, o reto e terminando no ânus. O cólon e o reto têm a função de absorver a água que é ingerida com os alimentos e transformar a massa de substância ingerida e não aproveitada pelo corpo, em fezes para que seja eliminada. Essas duas porções do tubo digestivo são muito semelhantes no que diz respeito à camada que reveste o seu interior e a sua função. Assim, os tumores que acometem essas regiões são chamados, normalmente, de câncer coloretal, e tratados como uma única doença.
Esses tumores podem ser diagnosticados precocemente de várias formas. O exame oculto das fezes e os exames que vêem o intestino por dentro, como a colonoscopia, a retosigmoidoscopia e o enema opaco são os exames mais freqüentemente utilizados para se fazer um diagnóstico precoce desse tumor.

Como o médico faz este exame?
Exame Oculto das Fezes:
Nesse exame, o paciente, após realizar uma dieta específica para realizá-lo, evacua num recipiente fornecido pelo laboratório e lá os técnicos procuram por sangue que tenha se exteriorizado do tubo digestivo junto com as fezes. Os estudos mostram que se as pessoas entre 50 e 80 anos de uma determinada população realizarem esse exame anualmente, ou de dois em dois anos, diminui as mortes decorrentes desse tipo de tumor naquela população.
Retosigmoidoscopia:
Nesse exame, o médico introduz pelo ânus um fino tubo com uma câmara na ponta para dentro do reto à procura de pólipos ou lesões sugestivas de terem sofrido alguma transformação compatível com um tumor. Os estudos mostram que se as pessoas acima de 50 anos de uma determinada população realizarem esse exame regularmente, diminui as mortes decorrentes desse tipo de tumor naquela população. O intervalo ideal que deve ser feito esse exame (de quanto em quanto tempo) ainda não foi determinado e o paciente deve discutir com o seu médico, que avaliará os seus fatores de risco e o resultado do primeiro exame para determinar o intervalo ideal.

Colonoscopia:
Esse exame é um exame endoscópico semelhante à Retosigmoidoscopia, porém com um aparelho mais fino e mais flexível, que consegue visualizar as porções do cólon, além do reto e do sigmóide, como o anterior. Apesar de os tumores coloretais localizarem-se mais freqüentemente nas suas porções mais próximas ao ânus, boa parte dos tumores pode se localizar nas porções iniciais do cólon e, por isso mesmo, serem mais difíceis de se diagnosticar e causarem menos sintomas. Como o exame anterior, estudos demonstraram que esse exame feito em pessoas acima de 50 anos, realizado regularmente, pode diminuir as mortes relacionadas com esse tipo de tumor.

Enema Opaco ou Enema Baritado:
Nesse exame, um líquido contendo bário (líquido branco que tem a propriedade de aparecer contrastado num exame radiológico) é colocado dentro do reto e do cólon através do ânus e vários exames de Raio X são realizados afim de procurar por defeitos no enchimento dessa porção do intestino. Localizada uma anormalidade, um exame endoscópico deve ser realizado para fazer uma biópsia (retirar uma pequena porção do tecido alterado para se fazer um exame patológico) ou mesmo para fazer a retirada total da lesão. Considerando que uma pessoa com uma lesão suspeita necessitará de um exame complementar para retirar ou fazer a biópsia dessa lesão, o enema opaco oferece poucas vantagens em relação aos outros exames endoscópicos, apesar de apresentar menos riscos na sua realização.

Quais os fatores de risco mais comuns associados ao câncer coloretal?
Idade
O risco de desenvolver o câncer de cólon e reto aumenta com a idade após os 50 anos.
História familiar
Algumas famílias têm um tipo de doença que acomete o cólon, a Adenomatose Poliposa Familiar. Essa doença faz com que a pessoa desenvolva vários pólipos no seu intestino. Essas pessoas têm mais risco de desenvolver esse tipo de câncer. Outras doenças que alguns familiares possam ter tido também aumenta a chance dessas pessoas de ter esse tipo de câncer, e uma delas é o próprio câncer coloretal ou mesmo uma história de Adenoma (tumor benigno do intestino, que provavelmente é a forma anterior do tumor maligno) de cólon antes dos 60 anos.

História Patológica Passada ou Atual.
Dependendo do tipo de doenças que uma pessoa já teve, a chance de ela desenvolver câncer coloretal é maior. Essas doenças incluem o próprio câncer de cólon prévio, câncer de ovário, endométrio ou de mama, além de história de adenomas (pólipos) do intestino grosso. Outra doença que está associada ao risco de ter esse tipo de câncer é a Doença de Cruz ou a Retocolite Ulcerativa, doenças em que há uma inflamação crônica dos intestinos.
Vários estudos têm demonstrado que todas as pessoas que tem mais de 50 anos devem fazer algum tipo de exame para detectar precocemente lesões que podem evoluir para câncer coloretal ou para retirar lesões malignas iniciais. Com isso, a mortalidade devida a esse tipo de neoplasia diminui para toda a população.
A freqüência com que se deve realizar esse exame depende dos seus fatores de risco e de sua história pessoal. Um médico deve ser consultado para definir com o paciente o tipo de exame e o intervalo ideal para realizá-lo.



PREVENÇÃO DO CÂNCER DE CÓLON E RETO.

O que é prevenção de um tipo de câncer?
Prevenir o aparecimento de um tipo de câncer é diminuir as chances de que uma pessoa desenvolva essa doença através de ações que a afastem de fatores que propiciem o desarranjo celular que acontece nos estágios bem iniciais, quando apenas algumas poucas células estão sofrendo as agressões que podem transformá-las em malignas. São os chamados fatores de risco.
Além disso, outra forma de prevenir o aparecimento de câncer é promover ações sabidamente benéficas à saúde como um todo e que, por motivos muitas vezes desconhecidos, estão menos associadas ao aparecimento desses tumores.
Nem todos os cânceres têm estes fatores de risco e de proteção identificados e, entre os já reconhecidamente envolvidos, nem todos podem ser facilmente modificáveis, como a herança genética (história familiar), por exemplo.
Como se faz prevenção no câncer de cólon?
O tubo digestivo é composto de várias partes diferentes, começando pela boca, passando pelo esôfago, o estômago, o intestino delgado, o intestino grosso ou cólon, o reto e terminando no ânus. O cólon e o reto têm a função de absorver a água que é ingerida com os alimentos e transformar a massa de substância ingerida e não aproveitada pelo corpo em fezes para que seja eliminada. Essas duas porções do tubo digestivo são muito semelhantes no que diz respeito à sua camada que reveste o seu interior e a sua função. Assim, os tumores que acometem estas regiões são chamados, normalmente, de câncer colo-retal e tratados como uma única doença.
Os tumores que crescem no cólon e no reto podem ser benignos (pólipos) ou malignos. Os tumores malignos têm um crescimento celular desordenado e têm a capacidade de se espalhar para outras partes do corpo (as metástases).
O câncer de cólon e reto, como a maioria dos tipos de câncer, têm fatores de risco identificáveis (para maiores informações sobre fatores de risco para esse tipo de câncer leia o artigo "Detecção Precoce do Câncer Colo-retal" neste site) . Alguns desses fatores de risco são modificáveis, ou seja, pode-se alterar a exposição que cada pessoa tem a esse determinado fator, diminuindo a sua chance de desenvolver esse tipo de câncer.
Há também os fatores de proteção. Ou seja, fatores que, se a pessoa está exposta, a sua chance de desenvolver este tipo de câncer diminui. Entre esses fatores de proteção também há os que se podem modificar, se expondo mais a eles.
Os fatores de risco para câncer de cólon e reto mais conhecidos e que podem ser modificados são:
Dieta.
Pessoas que ingerem alimentos ricos em gordura animal (carne, manteiga, leite integral, queijos, natas, banha, creme de leite, lingüiça, salame, presunto, pele de frango, carne gorda), pobre em cálcio e folatos, pobre em fibras vegetais e que consomem uma porção de bebida alcoólica por dia ou mais, têm mais possibilidade de desenvolver esse tipo de câncer. Comer uma dieta rica em fibras (cinco ou mais porções de frutas, legumes ou verduras por dia, incluindo sucos naturais) e pobre em gorduras é fator de proteção para o câncer de cólon e reto.
Estilo de vida.
Pessoas sedentárias têm mais possibilidade de desenvolver esse tipo de câncer. Fazer exercício aeróbico regularmente e ter uma vida ativa do ponto de vista físico diminui as chances da pessoa desenvolver esse tipo de câncer. Converse com o seu médico qual o exercício mais adequado para você e com que freqüência.
Fumo.
Fumar aumenta o risco em 2,5 vezes as chances de desenvolver esse tipo de câncer. Após aproximadamente 10 anos de abstinência ao fumo, a pessoa ex-fumante tem um risco semelhante de ter esse tipo de câncer ao de pessoas que nunca fumaram.
Uso de anti-inflamatórios não esteróides.
Alguns estudos demonstraram que pessoas que usam anti-inflamatórios comuns regularmente têm menos risco de desenvolver esse tipo de tumor. Corticóides, que também tem efeito anti-inflamatório, não têm essa mesma capacidade de diminuir o risco da pessoa de ter esse tipo de câncer.
Converse com o seu médico sobre as vantagens e desvantagens pessoais que você teria de usar essas medicações para diminuir o seu risco de desenvolver câncer de cólon e reto.
Pólipos intestinais
Fazer colonoscopias regularmente após os 50 anos e remover pólipos da mucosa intestinais ou lesões suspeitas diminui as possibilidades de ter esse tipo de tumor, já que se sabe que muitos desses tumores se iniciam nessas lesões.
O seu médico pode determinar a partir de que idade e com que freqüência você deve fazer esse exame. Para maiores informações sobre esse exame leia o artigo "Detecção Precoce do Câncer Colo-retal" nesse site.
Além disto, esses tumores podem ser diagnosticados precocemente de várias formas.
O exame oculto das fezes e os exames que vêem o intestino por dentro, como a colonoscopia, a retosigmoidoscopia e o enema opaco são os exames mais freqüentemente utilizados para se fazer um diagnóstico precoce desse tumor.
Quanto mais cedo o tumor é diagnosticado maiores são as chances de que ele não volte (recidiva) ou que se espalhe (metástases).



DETECÇÃO PRECOCE PARA O CÂNCER DE ENDOMÉTRIO.

O que é detecção precoce ou screening de um tipo de câncer?
Detecção precoce ou screening para um tipo de câncer é o processo de procurar um determinado tipo de câncer na sua fase inicial, antes mesmo que ele cause algum tipo de sintoma. Em alguns tipos de câncer, o médico pode avaliar qual grupo de pessoas correm mais risco de desenvolver um tipo específico de câncer por causa de sua história familiar, por causa das doenças que já teve ou por causa dos hábitos que tem, como fumar, consumir bebidas de álcool ou comer dieta rica em gorduras.
A isso se chama fatores de risco e as pessoas que têm esses fatores pertencem a um grupo de risco. Para essas pessoas, o médico pode indicar um determinado teste ou exame para detecção precoce daquele câncer e com que freqüência esse teste ou exame deve ser feito. Para a maioria dos cânceres, quanto mais cedo (quanto mais precoce) se diagnostica o câncer, mais chance essa doença tem de ser combatida.

Qual é o teste que diagnostica precocemente o câncer de endométrio?
O endométrio é a camada que reveste o útero por dentro. É ele que se desenvolve e se desprende no ciclo menstrual, dando origem ao sangramento que acontece durante a menstruação. O útero fica na região inferior do abdômen, na pequena pelve, junto da bexiga, e se abre na vagina pelo colo uterino. Apesar de o útero ser formado de outras partes, como o músculo e a camada externa que recobre o útero por fora, o endométrio é a porção que mais comumente pode sofrer transformações e tornar-se um câncer.
Existem vários exames que o médico pode fazer para examinar o endométrio e o útero por dentro, tais como, a ecografia transvaginal, a coleta de material para biópsia por aspiração do endométrio, o Papanicolau e a curetagem. Nenhum destes exames é utilizado para se fazer detecção precoce de câncer de endométrio, porque os estudos realizados não comprovaram que fazer esses exames regularmente em mulheres sem nenhum tipo de sintoma, diminua a mortalidade dessas mulheres por esse tipo de tumor.
Porém, toda a mulher que já entrou na menopausa, ou seja, parou de menstruar regularmente em definitivo, e apresentar um sangramento, deve fazer um desses exames para esclarecer a causa deste sangramento anormal.
O médico dessa paciente definirá qual o melhor exame a fazer, e quando.
Nunca deixe de procurar o médico numa situação dessas.

Como o médico faz este exame?
O exame de Papanicolau é feito por um médico ou um técnico treinado para isto, num consultório ou ambulatório. Durante um exame vaginal, antes do exame de toque, um aparelho chamado espéculo vaginal é introduzido na vagina para que o colo uterino seja facilmente visualizado. Com uma espátula e/ou uma escova especial, o médico coleta algumas células do colo uterino e da vagina e as coloca numa lâmina de vidro. Essa lâmina com as células é examinada em um microscópio para que sejam identificadas anormalidades que sugiram que um câncer possa se desenvolver ou que já esteja presente.
Apesar de não ser específico para detecção de câncer de endométrio, algumas células de dentro do útero podem ser visualizadas nesse exame e devem ser avaliadas quanto à presença de alguma alteração sugestiva de neoplasia.
Sempre que células do endométrio são encontradas num exame de Papanicolau, de uma mulher na menopausa que não esteja tomando hormônios, mais exames devem ser realizadas para comprovar que não há nada de anormal.
A ultrasonografia ou ecografia transvaginal é um exame em que um transdutor (aparelho que emite uma onda sonora e o seu eco é captado pelo mesmo aparelho para gerar uma imagem na tela de um monitor) é introduzido na vagina da paciente, assim como um espéculo, e o útero, as trompas e os ovários são visualizados para se detectar alterações. Esse exame pode ser usado para diagnosticar a causa de um sangramento vaginal anormal. Porém, não é utilizado para screening.

A biópsia e a curetagem do endométrio são exames em que material de dentro do útero é coletado para ser examinado por um patologista.
Informações mais detalhadas sobre esses exames estão em artigos da área de ginecologia.
Quais os fatores de risco mais comuns associados ao câncer de endométrio?
Idade:

O risco de ter câncer de endométrio, como a maioria dos cânceres, por serem uma doença crônico-degenerativa e, portanto, necessitarem de um longo tempo para se desenvolverem, aumenta com a idade.

História Ginecológica:
Menstruar muito cedo, entrar na menopausa muito tarde ou não ter tido filho, são fatores de aumento de risco desse tipo de câncer. A idade que define este "cedo" ou "tarde" varia um pouco em cada população.
Dieta e estilo de vida:
Mulheres que estão acima do seu peso ideal ou que consomem muita gordura na sua dieta tem um risco aumentado para o câncer de endométrio.
Predisposição genética:
Mulheres que tem o gen de uma doença conhecida como câncer coloretal não-polipóide hereditário têm mais chance de ter câncer de endométrio. Para saber se a pessoa tem esse tipo de gen, é necessário fazer exames especiais e o médico indicará estes exames se a história de câncer na sua família for sugestiva para esta doença.

Uso de Hormônios:
Algumas mulheres utilizam hormônios, como o estrogênio, indicado pelo seu médico. Mulheres que fazem uso de terapia de reposição hormonal com estrogênio sem progesterona têm risco aumentado para esse tipo de tumor. O uso de Tamoxifen, uma medicação para tratar ou prevenir câncer de mama, também aumenta este risco.

Raça:
Apesar de mulheres negras terem menos câncer de endométrio, esse tumor geralmente tem uma evolução mais grave nessas mulheres. Por isso, as mulheres negras têm mais chance de morrer do que as brancas, quando diagnosticadas com este tipo de tumor.



PREVENÇÃO PARA O CÂNCER DE ENDOMÉTRIO.

O que é prevenção de um tipo de câncer?
Prevenir o aparecimento de um tipo de câncer é diminuir as possibilidades de que uma pessoa desenvolva essa doença através de ações que a afastem de fatores que propiciem o desarranjo celular que acontece nos estágios bem iniciais, quando apenas algumas poucas células estão sofrendo as agressões que podem transformá-las em malignas. São os chamados fatores de risco.
Além disso, outra forma de prevenir o aparecimento de câncer é promover ações sabidamente benéficas à saúde como um todo e que, por motivos muitas vezes desconhecidos, estão menos associadas ao aparecimento desses tumores.
Nem todos os cânceres têm esses fatores de risco e de proteção identificados e, entre os já reconhecidamente envolvidos, nem todos podem ser facilmente modificáveis, como a herança genética (história familiar), por exemplo.

Como se faz prevenção no câncer uterino?
O endométrio é a camada que reveste o útero por dentro. É ele que se desenvolve e se desprende no ciclo menstrual, dando origem ao sangramento que acontece durante a menstruação. O útero fica na região mais baixa do abdômen, na pequena pelve, junto da bexiga e se abre na vagina pelo colo uterino. Apesar de o útero ser formado de outras partes, como o músculo e a sua camada externa que recobre o útero por fora, o endométrio é a sua porção que mais comumente pode sofrer transformações e tornar-se um câncer.
Os tumores que crescem no útero podem ser benignos (miomas) ou malignos. Os tumores malignos têm um crescimento celular desordenado e têm a capacidade de se espalhar para outras partes do corpo (as metástases).
O câncer de endométrio, como a maioria dos tipos de câncer, tem fatores de risco identificáveis (para maiores informações sobre fatores de risco para esse tipo de câncer leia o artigo "Detecção Precoce do Câncer de Útero" nesse site) .
Alguns desses fatores de risco são modificáveis, ou seja, pode-se alterar a exposição que cada pessoa tem a esse determinado fator, diminuindo a sua chance de desenvolver esse tipo de câncer.

Há também os fatores de proteção. Ou seja, fatores que, se a pessoa está exposta, a sua chance de desenvolver esse tipo de câncer diminui. Entre esses fatores de proteção também há os que se pode modificar, se expondo mais a eles.

Os fatores de risco e proteção para câncer de útero mais conhecidos e que podem ser modificados são:

Dieta.
Pessoas que ingerem alimentos ricos em gorduras animal e saturada (carne, manteiga, leite integral, queijos, natas, banha, torresmo, creme de leite, lingüiça, salame, presunto, frituras, pele de frango, carne gorda), têm mais possibilidade de desenvolver esse tipo de câncer. Mulheres obesas têm mais chance de desenvolver câncer de útero. Manter-se dentro da faixa de peso ideal (veja cálculo de IMC nesse site) e comer dieta pobre em gordura diminui as possibilidades de desenvolver esse tipo de câncer.

História ginecológica.
Mulheres que menstruaram pela primeira vez muito cedo (antes dos 12 anos) e entraram na menopausa muito tarde (após os 50 anos) ficam mais tempo expostas a fontes naturais de estrogênio. Esse hormônio está associado a esse tipo de tumor. Logo, quanto mais tempo exposto a ele maior possibilidade de desenvolver câncer de endométrio.
Mulheres que nunca tiveram filhos também têm risco aumentado para esse tipo de câncer. Provavelmente pelo mesmo motivo anterior, uma maior exposição ao hormônio estrogênio. Por isso, mulheres que têm essas características devem fazer com freqüência exames ginecológicos e ecografias que controlam as alterações precoces no útero com freqüência.
O intervalo entre um exame e o outro depende do resultado do exame anterior e da presença de outros fatores de risco. Fale com o seu médico sobre qual o intervalo necessário para se fazer esse exame no seu caso específico.

História familiar.
Há várias doenças que estão associadas a esse tipo de tumor. As mulheres das famílias que tem a anormalidade genética conhecida como Câncer Coloretal Hereditário Não Poliposo têm esse risco aumentado. Essas mulheres devem fazer exames ginecológicos e ecografias que controlam as alterações precoces no útero, com freqüência.

Terapia hormonal.
Mulheres que fazem uso de terapia de reposição hormonal para diminuir os sintomas da menopausa ou que usam a medicação Tamoxifen (uma medicação para quem tem câncer de mama) têm risco aumentado para desenvolver esse tipo de tumor. Exames ginecológicos freqüentes para detectar alterações precoces no endométrio e fazer o procedimento necessário para retirar essas áreas alteradas, diminuem as chances de desenvolver esse tumor. Muitas vezes a retirada total do útero está indicada.

Anticoncepcional Oral.
Tomar pílulas anticoncepcionais faz com que a mulher seja menos exposta a altos níveis de estrogênio endógeno (produzido por ela mesma). Com isso a sua exposição total a esse tipo de hormônio é menor, o que faz com que o seu risco para esse tipo de tumor também seja menor. Usar ACO diminui as chances de desenvolver câncer do útero.



PREVENÇÃO DO CÂNCER DE ESÔFAGO.

O que é prevenção de um tipo de câncer?
Prevenir o aparecimento de um tipo de câncer é diminuir as chances de que uma pessoa desenvolva essa doença através de ações que a afastem de fatores que propiciem o desarranjo celular que acontece nos estágios bem iniciais, quando apenas algumas poucas células estão sofrendo as agressões que podem transformá-las em malignas. São os chamados fatores de risco.
Além disso, outra forma de prevenir o aparecimento de câncer é promover ações sabidamente benéficas à saúde como um todo e que, por motivos muitas vezes desconhecidos, estão menos associadas ao aparecimento desses tumores.
Nem todos os cânceres têm estes fatores de risco e de proteção identificados e, entre os já reconhecidamente envolvidos, nem todos podem ser facilmente modificáveis, como a herança genética (história familiar), por exemplo.

Como se faz prevenção no câncer de esôfago?
O câncer de esôfago, como a maioria dos tipos de câncer, tem fatores de risco identificáveis (para maiores informações sobre fatores de risco para esse tipo de câncer leia o artigo "Detecção Precoce do Câncer de Esôfago" nesse site) .
Alguns desses fatores de risco são modificáveis, ou seja, pode-se alterar a exposição que cada pessoa tem a esse determinado fator, diminuindo a sua chance de desenvolver esse tipo de câncer.

Há também os fatores de proteção. Ou seja, fatores que se a pessoa está exposta a sua possibilidade de desenvolver esse tipo de câncer diminui. Entre esses fatores de proteção também há os que se pode modificar, se expondo mais a eles.

Os fatores de risco e proteção para câncer de esôfago mais conhecidos e que podem ser modificados são:

Fumo e álcool
Fumar e beber bebida de álcool são os maiores fatores de risco para esse tipo de tumor. Mais da metade das pessoas que possuem esse tipo de tumor tem porque fumavam. Esses fatores aumentam muito o risco de desenvolver esse tipo de câncer, principalmente quando estão associados.

Parar de beber e de fumar é uma forma efetiva de diminuir as chances de desenvolver câncer de esôfago.

Dieta.
Comer uma dieta rica em fibras, ou seja, comer cinco ou mais porções de frutas, legumes ou verduras por dia, incluindo sucos naturais, é fator de proteção para o câncer de esôfago. Estudos têm demonstrado que ingesta de vitamina C e carotenóides é particularmente importante para diminuir as possibilidades de desenvolver esse tipo de tumor.
Bebidas quentes
A ingesta de bebidas muito quentes como mate ou chimarrão é fator de risco para esse tipo de tumor.
Inclusive estudos demonstram que existe o que se chama de curva dose-resposta, ou seja, quanto mais se toma chimarrão mais risco se tem de desenvolver câncer de esôfago.
Diminuir a ingesta de bebidas muito quentes protege o indivíduo de desenvolver esse tipo de tumor.

Refluxo gastro-esofágico.
Pessoas que têm refluxo gastro-esofágico com conseqüente esôfago de Barret (quando as células da porção do esôfago junto ao estômago se transformam de tanto sofrer a agressão do ácido proveniente do estômago, devido ao refluxo), têm mais chance de desenvolver um tipo específico de câncer de esôfago, o adenocarcinoma de esôfago.
Pessoas que possuem esse tipo de problema devem fazer controles mais freqüentes dessa porção do esôfago através de endoscopias para diagnosticar lesões malignas ou pré-malignas precocemente.



CÂNCER DE ESTÔMAGO.
O câncer de estômago, embora muito menos comum do que as outras causas de indigestão, é uma doença extremamente perigosa que deve ser diagnosticada logo no seu início para que o tratamento possa ser bem-sucedido.
Na realidade, o câncer se desenvolve em células da parede interna do estômago chamadas células glandulares. Quando não tratado, o câncer pode-se espalhar de forma a envolver toda a parede do estômago e, por via da corrente sangüínea, o fígado. Todo esse processo pode ocorrer com relativa rapidez e essa é a razão porque a doença é tão difícil de tratar, a não ser que tenha sido detectada no seu início.
Embora as pessoas possam consultar o médico por causada dor em queimadura na parte alta do abdômen (semelhante à causada pela úlcera péptica), o câncer mais comumente causa uma dor mais profunda e a pessoa pode chegar a recusar comida e sentir-se estufada mesmo após refeições muito pequenas. Como conseqüência da perda de apetite, a perda de peso é comum. A combinação desses sintomas deve sempre ser tomada seriamente e sempre, também, ser submetida à análise de um médico.

Causas do câncer de estômago.
A causa real do câncer de estômago não é conhecida e ela pode ser o resultado de uma série de fatores. Não há nenhuma prova segura de que haja um componente genético e é mais provável que o câncer de estômago seja causado por fatores ambientais. Certamente o câncer de estômago é mais comum no Extremo Oriente do que na Europa, e isso pode ser causado, entre outras coisas, por diferenças nas dietas dessas duas populações.
É sabido que os descendentes de imigrantes japoneses para o Ocidente têm o mesmo índice de câncer de estômago que os ocidentais, o que acentua o peso dos fatores ambientais sobre os genéticos. Alguns cientistas acreditam que uma infecção pelo H.pylori de longa duração pode ser uma causa ambiental importante do câncer gástrico, mas isso ainda é muito controvertido.
Mesmo que a infecção pelo H.pylori fosse importante, não há nenhuma prova de que a erradicação leve a uma diminuição dos riscos de um câncer gástrico. Atualmente, as autoridades médicas do Reino Unido e dos Estados Unidos não recomendam o tratamento para esse propósito, embora essa posição possa mudar no futuro. Felizmente, a incidência de câncer do estômago está diminuindo na Europa e no Ocidente, embora isso permaneça inexplicado.
De modo geral, o câncer de estômago é uma doença da meia-idade e das pessoas idosas, embora possa aparecer, raramente, em pessoas abaixo dos 40 anos.

Como ele é diagnosticado?
Normalmente o diagnóstico é feito quando se realiza um exame endoscópico, embora o câncer possa ser diagnosticado com um exame de raio-X com bário. Como os tratamentos disponíveis só são eficientes se a doença é detectada logo no seu início, qualquer um que tenha indigestão e um dos sintomas "sinistros" de perda de apetite e perda de peso, deve se submeter a uma investigação completa. Como o câncer de estômago é mais comum em pessoas acima de 40 anos, é sempre uma boa idéia uma investigação completa para pessoas nessa faixa etária que tenham indigestão pela primeira vez, com ou sem os sintomas sinistros.

Há uma cura?
O único tratamento curativo é uma cirurgia para remover o estômago e todo o câncer. Isto é mais eficiente quando a doença está em seus primeiros estágios, daí a necessidade de um diagnóstico precoce e a importância de se levar a sério os sintomas de perda de peso e de sentir-se estufado após uma pequena refeição.
Algumas vezes o cirurgião consegue deixar uma pequena parte do estômago no lugar, mas se isso não for possível, após a operação o alimento passa diretamente do esôfago para o intestino delgado. Isto significa que a pessoa vai ter de comer pouco de cada vez e mais freqüentemente e, de modo geral, vai necessitar de suplementos alimentares porque a digestão estará prejudicada.
Se o câncer for pequeno e o cirurgião puder removê-lo por inteiro, a possibilidade de uma cura duradoura é muito boa, mas se a doença já estava muito avançada por ocasião do diagnóstico, a cirurgia não é possível. Na verdade, se a cirurgia não for possível ou não tiver sucesso, as outras formas de tratamento dificilmente resultarão em uma cura. As outras formas de tratamento, como a quimioterapia e a terapia por laser podem ter um papel de grande valor no controle de sintomas desagradáveis e podem prolongar a vida consideravelmente.
Conclusões.
Como o tratamento para o câncer de estômago em estágio avançado é sempre insatisfatório, é muito importante fazer-se o diagnóstico bem cedo, no início da doença. Perda de peso, perda de apetite e novos sintomas em alguém com mais de 40 anos podem ser sinais de início de um câncer de estômago, uma consulta médica se torna obrigatória para uma avaliação cuidadosa.
No futuro, quando a causa da doença for melhor conhecida, a ênfase será dada aos aspectos preventivos, mas atualmente os esforços estão concentrados em melhorar a eficácia dos tratamentos não cirúrgicos como a quimioterapia.

Pontos para serem lembrados.
O objetivo deste site é ajudá-lo a entender as causas da indigestão de forma que você tenha confiança ao se decidir da forma mais adequada. A questão mais importante quando você mesmo está procurando aliviar os seus sintomas é saber até que ponto a opinião de um especialista seria necessária para afastar a possibilidade de alguma outra doença de conseqüências mais sérias. Ao longo de todo o site nós tentamos por em destaque aqueles sintomas " sinistros" que devem sempre requerer a opinião de um médico.

Perda de peso.
Perda de apetite.
Dificuldade em engolir.
Vomitar sangue ou um material que se pareça com borra de café.
Ter sangue alterado nas fezes - isto faz com que elas pareças pretas e pastosas.
Indigestão quando você está tomando antiinflamatórios não-esteróides.
A indigestão sem esses sintomas sinistros pode muito bem ser tratada em casa, em primeiro lugar tomando-se algumas medidas para se mudar o estilo de vida: parar de fumar, perder peso e seguir uma dieta mais saudável.

Se essas medidas não forem suficientes, o passo seguinte é tomar algum antiácido. O melhor conselho inicial sobre o uso dos antiácidos pode ser obtido com o farmacêutico de sua confiança.
Se essas medidas simples aliviarem os seus sintomas, então não será necessária a consulta com um médico, mas se os sintomas permanecerem mesmo após um tratamento de duas semanas ou se você tem mais de 40 anos e os sintomas aparecem pela primeira vez em sua vida, então o aconselhamento médico torna-se necessário.

Pontos centrais
O câncer de estômago é muito raro antes dos 40 anos.
Novos sintomas depois dos 40 anos ou sintomas sinistros, como uma inexplicável perda de peso e apetite devem sempre ser discutidos com o médico.
O câncer de estômago só pode ser diagnosticado através de exames.



PREVENÇÃO DO CÂNCER DE ESTÔMAGO.

O que é prevenção de um tipo de câncer?
Prevenir o aparecimento de um tipo de câncer é diminuir as chances de que uma pessoa desenvolva essa doença, através de ações que a afastem de fatores que propiciem o desarranjo celular que acontece nos estágios bem iniciais, quando apenas algumas poucas células estão sofrendo as agressões que podem transformá-las em malignas. São os chamados fatores de risco.
Além disso, outra forma de prevenir o aparecimento de câncer é promover ações sabidamente benéficas à saúde como um todo e que, por motivos muitas vezes desconhecidos, estão menos associadas ao aparecimento desses tumores.
Nem todos os cânceres têm esses fatores de risco e de proteção identificados e, entre os já reconhecidamente envolvidos, nem todos podem ser facilmente modificáveis, como a herança genética (história familiar), por exemplo.
Como se faz prevenção do câncer gástrico?
O tubo digestivo é composto de várias partes diferentes, começando pela boca, passando pelo esôfago, o estômago, o intestino delgado, o intestino grosso ou cólon, o reto e terminando no ânus.
O estômago é o órgão que fica na porção superior do abdômen, logo abaixo do pulmão, localizado entre o esôfago e o intestino. Com o seu formato de bolsa, ele tem a função de expor os alimentos ingeridos a substâncias que tornem esses alimentos digeríveis, como o ácido clorídrico, para serem aproveitados pelo resto do corpo como fonte de energia e de outros fatores constitutivos, como as fibras e as vitaminas. Por ser exposta a uma série de agressores através dessa ingestão, a mucosa que recobre o estômago é alvo de vários agentes químicos ou infecciosos. Quando essa agressão é repetida por vários anos pode gerar uma transformação nas células do estômago, que pode inclusive progredir para uma transformação maligna.
O estômago é composto de vários tipos de células, porém o tipo mais comum de câncer gástrico é o adenocarcinoma, que envolve as células glandulares do estômago.
Esse tipo de tumor é muito comum no mundo todo e é responsável por grande parte das mortes relacionadas à neoplasias.
Entretanto observou-se que os casos de câncer de estômago estão diminuindo no mundo e acredita-se que este declínio se deve:
às formas mais modernas de conservação de alimentos.
ao aumento da ingestão de frutas e legumes.
à diminuição da ingestão de comidas muito salgadas, principalmente, alguns tipos de carnes conservadas com sal, como o charque e a carne-de-sol.
Esse tipo de câncer também está associado a outros tipos de doenças como infecção por Helicobacter pylori e refluxo gastro-esofágico.
O câncer de estômago, como a maioria dos tipos de câncer, tem fatores de risco identificáveis (para maiores informações sobre fatores de risco para esse tipo de câncer leia o artigo "Detecção Precoce do Câncer Gástrico" nesse site).
Alguns desses fatores de risco são modificáveis, ou seja, pode-se alterar a exposição que cada pessoa tem a esse determinado fator, diminuindo a sua chance de desenvolver esse tipo de câncer.

Há também os fatores de proteção. Ou seja, fatores que, se a pessoa está exposta, a sua chance de desenvolver este tipo de câncer diminui. Entre esses fatores de proteção também há os que se podem modificar, se expondo mais a eles.

Os fatores de risco para câncer gástrico mais conhecidos e que podem ser modificados são:

Dieta
Ingerir grandes quantidades de sal ou comidas conservadas através da adição de sal está associado a um maior risco para câncer de estômago.
Além disso, pessoas que ingerem uma dieta pobre em alimentos de origem vegetal têm mais possibilidade de desenvolver esse tipo de câncer.
Logo, comer uma dieta rica em fibras e com sal em quantidades moderadas é fator de proteção para o câncer de estômago.
Essa proteção para o câncer de estômago através da dieta parece ser particularmente relacionada com a ingestão de vitamina C e beta-caroteno. Vários estudos estão sendo feitos para se confirmar o efeito benéfico de outros nutrientes, como a vitamina E e o selênio.
Independente da confirmação desses estudos, uma dieta saudável com frutas, grãos integrais, legumes e verduras é benéfica para combater diversas doenças. Por isso, inclua sempre na sua alimentação pelo menos cinco ou mais porções de frutas, legumes ou verduras por dia, incluindo sucos naturais.

Doenças associadas.
Doenças como infecção por Helicobacter pylori e refluxo gastro-esofágico estão associadas a um maior risco para câncer gástrico.
Porém, ainda não está completamente estabelecido se tratar essas doenças reduz as taxas de aparecimento desse câncer e interrompe o desenvolvimento de lesões pré-malignas.
No caso de você ter uma dessas doenças, converse com o seu médico para determinar com que freqüência você deve fazer exames para pesquisar leões precursoras do câncer ou para detectá-lo precocemente.
Quanto mais cedo uma neoplasia é diagnosticada, maiores são as chances de cura.



DETECÇÃO PRECOCE PARA O CÂNCER DE MAMA.

O que é detecção precoce ou screening de um tipo de câncer?
Detecção precoce ou screening para um tipo de câncer é o processo de procurar um determinado tipo de câncer na sua fase inicial, antes mesmo que ele cause algum tipo de sintoma. Em alguns tipos de câncer, o médico pode avaliar qual grupo de pessoas corre mais risco de desenvolver um tipo específico de câncer por causa de sua história familiar, por causa das doenças que já teve ou por causa dos hábitos que tem, como fumar, consumir bebidas de álcool ou comer dieta rica em gorduras.
A isso se chama fatores de risco e as pessoas que têm esses fatores pertencem a um grupo de risco. Para essas pessoas, o médico pode indicar um determinado teste ou exame para detecção precoce daquele câncer e com que freqüência esse teste ou exame deve ser feito. Para a maioria dos cânceres, quanto mais cedo (quanto mais precoce) se diagnostica o câncer, mais chance essa doença tem de ser combatida.

Qual é o teste que diagnostica precocemente o câncer de mama?
A mama é uma glândula composta de conjuntos celulares (lobos e lóbulos) e ductos, todos compostos de tipos específicos de células.
Essas células podem sofrer uma transformação maligna e vir a ser um câncer.
Esse, junto com o câncer de colo uterino, é o tipo de câncer mais comum nas mulheres (fora o câncer de pele não-melanoma). Os homens também podem ter câncer de mama porém muito menos freqüentemente.

O exame de palpação realizado pelo médico e a mamografia são os exames realizados para uma detecção precoce desse tipo de câncer.

Como o médico faz esse exame?
O exame mais fácil de se realizar para se detectar uma alteração da mama é o exame de palpação. Neste exame o médico palpa toda a mama, a região da axila e a parte superior do tronco em busca de algum nódulo ou alteração da pele, como retração ou endurecimento, e de alguma alteração no mamilo.
A mamografia é um Raio X das mamas e das porções das axilas mais próximas das mamas. Nesse exame, o radiologista procura imagens sugestivas de alterações do tecido mamário e dos gânglios da axila. A ecografia das mamas pode auxiliar o radiologista a definir que tipo de alterações são essas.
Esses exames, quando realizados anualmente ou mais freqüentemente, dependendo da história individual da paciente (presença de fatores de risco ou história de tumores e biópsias prévias), pode diminuir a mortalidade por esse tipo de tumor, quando realizados entre os 50 e os 69 anos.
Porém, este tipo de tumor tem características diferentes para populações diferentes. Isto altera o quanto a mamografia é eficaz em diminuir a mortalidade por este tipo de tumor.
Realizar esses exames entre os 40 e os 49 anos pode diminuir a mortalidade por este tipo de tumor, mas o efeito dessa diminuição só se dará quando essas mulheres tiverem mais de 50 anos.

Quais os fatores de risco mais comuns associados ao câncer de mama?
Idade:
O risco de ter câncer de mama aumenta com a idade, como a maioria dos cânceres, por serem uma doença crônico-degenerativa e, portanto, necessitarem de um longo tempo para se desenvolver.
História Ginecológica:
Menstruar muito cedo, não ter tido filho ou ter tido o primeiro filho muito tarde são fatores de risco para esse tipo de câncer. A idade que define esse "cedo ou tarde" varia um pouco em cada população.

História Prévia de Câncer de Mama:
Ter tido um câncer de mama no passado aumenta a chance de ter um novo câncer de mama.

História Familiar:
Ter tido mãe, uma irmã ou filha com câncer de mama aumenta o risco para ter esse câncer.

Radioterapia:
Ter realizado radioterapia no tórax, principalmente antes dos 30 anos, aumenta o risco para câncer de mama, independente do motivo porque a pessoa fez esse tipo de tratamento.

Outras Doenças da Mama:
Algumas mulheres fazem biópsias de nódulos de suas mamas e os diagnósticos podem ser os mais variados. Ter feito uma biópsia e o exame patológico ter evidenciado um tipo de doença proliferativa benigna (principalmente hiperplasia atípica) aumenta as chances de que aquela mulher venha a desenvolver um câncer de mama.
Porém, sentir uma nodulação na mama não significa que a pessoa tem uma doença benigna de mama.
Alguns hábitos de vida podem aumentar o seu risco de ter este tipo de câncer. Terapia de reposição hormonal (hormônios para a menopausa) e uso excessivo de bebida alcoólica são alguns destes fatores.

Fonte: ISTOÉ - GUIA DA SAÚDE FAMILIAR -
volume 5 - "INDIGESTÃO E ÚLCERA" paginas 79 A 83
Ação da luz solar na pele.

As advertências por parte dos médicos de que a luz solar e os banhos de sol podem ser perigosos são relativamente recentes. Apenas ao redor dos últimos 20 anos é que os profissionais da área da saúde começaram a tentar desencorajar as pessoas a exporem seus corpos em demasia à luz solar; até então, uma pele bronzeada era vista pela maioria das pessoas como um sinal de boa saúde.
Entretanto, ainda hoje, algumas pessoas preferem ignorar essas advertências porque gostam de um banho de sol e acreditam que um bronzeamento melhora a aparência e as faz sentirem-se mais saudáveis. Por isso, elas não desperdiçam um belo dia de sol para se expor o maior tempo possível. Contudo, a verdade é que a exposição demasiada à luz solar não faz bem para as nossas peles. Na realidade, um bronzeamento é a evidência de uma lesão permanente que pode trazer como conseqüência o envelhecimento da pele ou câncer.
O objetivo deste artigo é o de explicar como a ação da luz solar na sua pele leva a essas alterações, causando danos a curto e a longo prazos, e dar conselhos práticos de como evitar esses danos. Seguindo esses conselhos não significa que você vai abdicar totalmente das delícias proporcionadas por um dia de sol, mas vai ajuda-lo a usufrui-las com maior segurança.
O gosto por uma pele bronzeada é relativamente recente: há cem anos a maioria das pessoas preferia uma pele clara. Os trabalhadores que passavam a maior parte do dia expostos ao sol tinham as peles bronzeadas e crestadas pelas intempéries, os ricos e requintados preferiam evitar a luz do sol, usando chapéus de abas largas e carregando guarda-sóis, e viam na pele clara uma marca de distinção social. Os europeus do norte por certo visitavam o sul da França e da Itália, para fugirem do pior inverno, mas, mesmo assim, eles evitavam o sol mediterrâneo nos meses de verão.
Essas atitudes começaram a mudar por volta de 1930, quando as recreações ao ar livre começaram a ficar mais populares - caminhadas, acampamentos e passeios de bicicleta, por exemplo - e a pele bronzeada acabou sendo desejada por muitas pessoas de ambos o sexos. Após a II Guerra Mundial, pacotes turísticos mais baratos permitiram que um número cada vez maior de pessoas pudesse passar umas duas semanas tomando sol nas praias do Mediterrâneo e banhos de mar se tornaram uma atração ainda maior nos Estados Unidos, na Austrália e na África do Sul.
Mas foi por volta dessa época que na Austrália soaram os primeiros sinais de alarme, dando atenção ao fato de se ter constatado uma alta incidência de câncer de pele em pessoas de pele branca vivendo em Queenslândia; pesquisadores europeus já vinham chamando a atenção para esse mesmo tipo de achado desde o início do século XX. Campanhas de saúde pública foram veiculadas com apelos para que as pessoas evitassem exposição prolongada à luz solar muito intensa, usassem protetores solares e aprendessem a reconhecer os cânceres de pele nos seus estágios iniciais. Evidências coletadas de todas as partes do mundo também mostravam que esses cânceres, e o melanoma em particular, tornavam-se rapidamente mais comuns, dobrando em freqüência a mais ou menos cada 12 anos; contudo, muitas pessoas continuaram a desconhecer as advertências. Alem disso, nas duas últimas décadas tem havido um aumento crescente das sugestões de que a camada de ozônio esteja diminuindo por efeito da poluição atmosférica, o que levaria a um aumento gradativo dos perigos da radiação solar; felizmente, os cientistas ainda não estão convencidos de que isso seja um fato, mas pode se tornar um risco importante se não nos tornarmos mais cuidadosos a esse respeito. Exposições repetidas à luz solar causam envelhecimento da pele - pele seca, manchas marrons e vermelhas, perda da elasticidade da pele e enrugamento - especialmente em pessoas com pele clara. Acrescente-se a essa lista o maior risco de cânceres de pele, os quais estão se tornando mundialmente mais e mais comuns. Há cerca de 40 mil casos por ano em alguns paises, incluindo uns 4 mil casos de melanoma maligno, o qual é responsável por cerca de 75% das 2 mil mortes anuais causadas por cânceres de pele. Na faixa etária de 26-35 anos, que de maneira geral é a que apresenta menores complicações médicas, o câncer de pele se torna uma causa de morte significante; contudo, os médicos estimam que 90% de todos os cânceres de pele sejam potencialmente evitáveis, desde que se tome cuidado com a exposição ao sol.
Mais à frente descrevemos como você pode reconhecer um câncer de pele nos estágios iniciais, período no qual o tratamento tem uma chance enorme de ser bem-sucedido. Conselhos também são dados sobre a prevenção desses cânceres, assim como sobre a prevenção de queimadura solar e do fotoenvelhecimento e sobre o valor dos protetores solares. É especialmente importante proteger as crianças da luz solar porque elas não têm idéia do perigo. A exposição excessiva na infância é tida como um fator que possivelmente vai ter um papel relativamente importante no aparecimento do câncer de pele quando adulto.
A luz do sol certamente alegra o espírito enormemente, em especial após um longo e cinzento inverno. Entretanto, os raios responsáveis por essa alegria não são os nocivos ultravioleta, mas sim aqueles mais inofensivos que proporcionam luz e calor. Assim, os conselhos desse artigo têm intenção de ajuda-lo a aproveitar-se do grande beneficio psicológico e de outros eventuais que a luz solar pode trazer, sem, contudo, sofrer os seus efeitos indesejáveis.
Pontos centrais
Um bronzeado é a evidência visível de uma lesão da pele.
Os efeitos a longo prazo da exposição ao sol podem incluir envelhecimento da pele e câncer.
Em alguns países ocorrem cerca de 40 mil novos casos de câncer de pele a cada ano.

Fonte: Isto É - Guia da Saúde Familiar
- volume 12 - cuidados com a pele e sol - dezembro/2001.
As variedades e o diagnóstico da enxaqueca.

Uma boa parte da população brasileira tem enxaqueca e as pessoas que a têm, descrevem-na como a pior dor de cabeça possível.
Há dois tipos principais de enxaqueca: a enxaqueca clássica, chamada de enxaqueca com aura na Classificação Internacional das Dores de Cabeça e, a enxaqueca comum, também conhecida como enxaqueca sem aura. É possível ter os dois tipos de enxaqueca: 70% das pessoas que têm ataques de enxaqueca clássica também têm ataques de enxaqueca comum.
Estas são normalmente semelhantes aos ataques clássicos porém, sem a aura.
Cerca de 1% dos pacientes com enxaqueca têm ataques de aura isoladamente, sem nenhuma dor de cabeça subseqüente. Nos dois tipos de enxaqueca, as dores de cabeça são normalmente numa metade da cabeça, mas podem ser ocasionalmente nos dois lados. Uma das características incomuns da dor de cabeça é que o lado pode variar. Um paciente, por exemplo, que normalmente tem ataques no lado direito da cabeça pode, em alguns ataques, ter o lado esquerdo afetado. A dor varia muito de gravidade, indo desde uma dor contínua e surda e até a um latejo insuportável.

Além da dor de cabeça, a maioria das pessoas sente-se doente e cerca de 75% acaba por vomitar. Poucas pessoas também sofrem de diarréia. Um ataque de enxaqueca dura de umas poucas horas até 72 horas e há um período livre de sintomas de ao menos 72 horas - normalmente maior - entre os ataques.

A enxaqueca clássica.
Esta é aforma mais dramática de enxaqueca, mas representa apenas cerca de 35% de todos os ataques de enxaqueca. A dor de cabeça, náusea e vômitos são precedidos por luzes piscando ou outros sintomas sensoriais. O ataque de enxaqueca consiste em quatro fases: o estado prodrômico (sintomas de aviso do inicio), a aura, a dor de cabeça e a recuperação.

Pródromos.

A maioria das pessoas não reconhece de início o estado prodrômico porque os sintomas são indefinidos. Algumas vezes, esses sintomas não reconhecidos por outros membros da família e, só mais tarde, pelo paciente. Os sintomas podem durar de 1 a 2 horas ou até 24 horas.

Aura.

A próxima fase é a aura, que dura de 10 a 60 minutos. O termo aura tem sido usado para descrever os sintomas que precedem a dor de cabeça de enxaqueca clássica. Uma variedade admirável de alterações visuais pode ser vivida durante a aura. A mais simples consiste de estrelas brilhantes, faíscas, lampejos, ziguezagueares ou padrões geométricos simples que atravessam o campo visual.
O paciente pode queixar-se de ver estrelas brilhantes na frente dos olhos, algumas vezes uma estrela mais brilhante que o resto, começando do canto inferior do campo visual e passando rapidamente através dele. Em outros momentos, a aura consiste de ondulações ou cintilar do campo visual ou mesmo de uma perda temporária da visão numa parte dele. Luzes ziguezagueantes semelhantes a um castelo fortificado (chamadas de espec-tros fortificados) também podem ocorrer. Sintomas sensoriais incluem formigamentos e comichões, que normalmente ocorrem em uma das mãos ou braços, ou ao redor da boca. A sensação de formigamento tipicamente começa nos dedos e espalha-se gradualmente para os braços num período de 15 a 20 minutos. Às vezes, há dificuldade de falar, confusão mental ou fraqueza no braço, mas esses sintomas não ocorrem tão freqüentemente.
Após 10 a 60 minutos esses sintomas remitem e são seguidos de dor de cabeça, náusea e vômitos. Se algum deles persistir por mais de uma hora você deve ir ao seu médico, uma vez que eles podem ser causados por uma situação de base mais séria.
Enxaqueca comum
Nesse tipo de enxaqueca o ataque é semelhante àquele da enxaqueca clássica, começando com o estado prodrômico, mas não há aura. Como o nome sugere, a enxaqueca comum é a forma mais comum e responde por cerca de 65% dos ataques de enxaqueca.


Dor de cabeça do tipo "Cluster".

Essa é freqüentemente confundida com a enxaqueca, mas difere da enxaqueca clássica e comum em vários aspectos. Ocorre em homens, mais do que em mulheres, começa geralmente em pessoas que estão nos seus 30 anos e é rara, afetando menos de 1% da população.
A dor de cabeça do tipo "cluster" é chamada assim porque tende a aparecer em surtos ("clusters"), cada um deles durando de quatro a oito semanas. O ataque se forma em poucos minutos, durando cerca de 45 minutos no total. Vários ataques podem ocorrer a cada dia durante o período do surto, tipicamente acordando o paciente do seu sono.
A dor sempre ocorre no mesmo lado da cabeça e cada surto e é sentida como uma dor grave ao redor do olho. Ela pode irradiar-se para cima do olho e das têmpuras, para o maxilar ou gengivas, para o mesmo lado ou, mais raramente, pela metade da cabeça. Quando a dor é grave, a pupila do lado afetado pode contrair, o olho fica avermelhado e lacrimeja e, ocasionalmente, a pálpebra cai. Alguns pacientes suam profusamente, particularmente no lado da face afetada. O nariz pode parecer congestionado e a pele daquele lado pode estar hipersensível. A dor deste tipo é tão forte e desconfortável que o paciente freqüentemente anda de um lado para o outro ou se balança para frente e para trás tentando encontrar maneiras de se distrair da agonia.
Essa dor excruciante pode ser pulsátil ou latejante, mas é normalmente descrita como uma queimação, cansativa, pinicante, em rasgo ou triturante. Durante um surto e entre os ataques, aárea ao redor do olho fica como se tivesse sido machucada.
Muitos pacientes podem ocasionar os ataques se beberem álcool durante um surto embora eles possam beber quando estão fora do período do surto.

Outras variedades de enxaqueca.

Existem outras variedades menos comuns de enxaqueca. Um tipo raro é a enxaqueca oftalmoplégica. Ela ocorre em pessoas jovens de 6 a 12 anos e, além das dores de cabeça, pode haver fraqueza dos músculos de um dos olhos. Num outro tipo - que os médicos chamam de enxaqueca basilar - tontura, desequilíbrio e dificuldade de falar podem estar associados a dor de cabeça. Um outro tipo raro é a enxaqueca hemiplégica. Nesta, há uma fraqueza recorrente de um dos lados do corpo. Muito freqüentemente, há uma história de ataques semelhantes em algum outro membro da família e a fraqueza, normalmente, é do mesmo lado.
Diagnósticos.
A enxaqueca é difícil de diagnosticar porque não há testes específicos para ela - o diagnóstico depende da história e do exame físico.perguntas relativas à freqüência, tipo, local da dor de cabeça e os fatores desencadeantes ajudam no diagnóstico. A enxaqueca, a dor de cabeça tensional e a dor muscular localizada tornadas como um todo representam 90% das dores de cabeça referidas para uma avaliação do especialista a partir dos médicos de família.
O diagnóstico é comparativamente fácil quando estas dores de cabeça ocorrem separadamente mas, quando duas ou mais ocorrem ao mesmo tempo, como freqüentemente acontece, fica bem mais difícil. Antes que os tipos raros sejam diagnosticados, todos os outros diagnósticos devem ser excluídos. Isto pode significar que você seja encaminhado a um neurologista pelo seu clínico geral.
Ele irá obter uma história detalhada e examinará você, assim como pedirá uma TC (tomografia computadorizada) ou uma IRM (imagem de ressonância magnética). Essas são maneiras especializadas e indolores de visualizar o cérebro e o crânio. Contudo, esses testes são muito caros e normalmente desnecessários, assim, eles só serão pedidos se o neurologista achar que são absolutamente essenciais.

Pontos centrais:

Há dois tipos principais de enxaqueca - enxaqueca clássica (35% dos ataques) e enxaqueca comum (65%) O ataque de enxaqueca clássica possui quatro fases: o estado prodrômico, a aura, a dor de cabeça e a recuperação.
A enxaqueca comum não tem a fase da aura. A dor de enxaqueca é normalmente na fronte e nas têmporas.
Ela é geralmente num lado só e pode ser grave. A dor de cabeça do tipo "cluster" (freqüentemente confundida com a enxaqueca) é sentida no olho e ao redor dele, algumas vezes irradiando-se para as têmporas, maxilar ou gengivas do mesmo lado. Não existem testes específicos para a enxaqueca - o diagnóstico depende da história e do exame do paciente.

Texto extraído do GUIA DA SAÚDE FAMILIAR da revista ISTOÉ de 06 de 2001.