terça-feira, 3 de novembro de 2009

ABORTO COMPLETO
Aborto espontaneo.
Definição Aborto é a perda do feto durante a gestação, devido a causas naturais
O que ocorre com o organismo?
Abortos são muito comuns, especialmente nos três primeiros meses da gravidez ou seja, no primeiro trimestre da gestação. Cerca da metade de todos os óvulos fertilizados morrem antes que as mulheres percebam qualquer sintoma de gestação. Aproximadamente, uma em cada 10 gestações diagnosticadas através de testes de urina ou sangue acaba em aborto, usualmente entre a sétima e décima segunda semana da gestação. A gestação normal, sadia, não é prejudicada pelas atividades normais. A maioria dos abortos ocorrem porque o feto apresenta um grave problema de saúde, que o impede de sobreviver. Em resposta a isto, os hormônios gestacionais caem e os sintomas tais como as náuseas, mamas doloridas e a fadiga desaparecem. O organismo desencadeia contraçoes uterinas e sangramento vaginal para expelir o feto. Quando não ficam restos fetais dentro do útero, a porçao cervical uterina ou a entrada uterina se fecha. O útero diminue de tamanho e o sangramento cessa lentamente. É importante lembrar que um leve sangramento ou corrimento ocorre em uma de cada 5 mulheres no primeiro trimestre da gravidez. Menos da metade das mulheres que apresentam sangramento chegam a abortar.
Quais são os sinais e sintomas dessa condição?
Sintomas de aborto incluem: sangramento vaginal, dor lombar baixa, dor abdominal, contrações fortes e dolorosas, tecidos ou coágulos eliminados pela vagina.
Quais são as causas e riscos da doença?
A maioria dos abortos sao devidos a: anormalidades fetais, infecção materna, defeitos uterinos, problemas hormonais, distúrbios do sistema imunológico, tais como lupus, distúrbios da tireóide, diabetes ou outra doença. A mulher gestante apresenta risco mais elevado de aborto quando: tem mais de 35 anos, apresenta uma doença prévia ou um distúrbio do sistema imunológico, é portadora de uma infecção viral grave, tal como herpes ou rubéola, teve 3 ou mais abortos durante o primeiro trimestre da gestação.
O que pode ser feito para prevenir essa condição?
Nem todos abortos podem ser evitados. Contudo, algumas ações podem diminuir o risco. Por exemplo, é útil detectar e tratar problemas de saúde tais como diabetes ou outros distúrbios, antes da concepção materna. Alguns meses antes da gravidez e durante toda a gestaçao a mulher deve: fazer uma dieta rica em ácido fólico e ingerir multivitamínicos. Isto ajuda a prevenir os assim chamados defeitos congênitos e defeitos do tubo neural, através do fornecimento da base para uma boa nutriçao. Parar de fumar e evitar drogas ilícitas e drogas obtidas sem prescrição médica. Evitar o consumo de álcool. Manter seu nível de glicose sob controle, caso seja diabética insulino-dependente (diabetes tipo I). Usar sempre um cinto de segurança ao dirigir. Evitar o uso ou manuseio de substâncias químicas tóxicas, doenças infecciosas e RX. Se a mulher foi portadora de infertilidade e fez tratamento para distúrbios hormonais, o médico pode diagnosticar o problema que provocou o aborto, e prescrever um tratamento hormonal.
Como a condição é diagnosticada?
O exame pélvico pode revelar: cérvix aberta ou fechada, e constatar se todo o conteúdo uterino foi expulso; líquido amniótico na vagina; tecido fetal na vagina ou na cérvix; e, útero não aumentado de tamanho. A mulher pode ser submetida a outros exames. Exame de urina ou de sangue para confirmar a gravidez. O nível do hormônio gestacional (HCG) deve ser checado por um período, para ter certeza que a gestação chegou ao fim e de que não há tecido fetal residual dentro do útero. Deve-se fazer um hemograma completo com a finalidade de averiguar quanto sangue se perdeu. Outros exames de sangue devem ser feitos para afastar o diagnóstico de infecções e definir o grupo sanguíneo da mãe. Um ultrassom gestacional pode ser feito para visualizar o útero e seu conteúdo, assim como para afastar o diagnóstico de uma gestaçao ectópica (fora do útero).
Quais são os efeitos a longo prazo?
O aborto pode ou não apresentar sequelas a longo prazo. A grande maioria das mulheres que sofreram um aborto têm gestações normais posteriormente. Caso ocorra um sangramento importante durante o aborto, pode instalar-se uma anemia. Tratável apenas com a prescrição de ferro sérico. Os efeitos psicológicos a longo prazo variam. Um sistema de apoio a mulheres que sofreram aborto pode fazer uma grande diferença. A mulher pode sentir ansiedade, medo e culpa se acreditar que foi ela quem provocou o aborto por levantar peso excessivo, fazer muito exercício, praticar sexo ou fazer qualquer coisa que pudesse provocar o aborto.A gestaçao normal não é prejudicada por atividades físicas normais. Caso uma mulher tenha esse tipo de medo ou angústia, deve discutir seus problemas com o médico. Algumas mulheres ficam deprimidas após um aborto.
Quais os riscos para os outros?
O aborto somente afeta a saúde da mulher e de seu feto. Certamente pode ocorrer um impacto psicológico no pai e em outros membros da família. A indicação de um acompanhamento psicológico pode ajudar nestes casos.
Quais são os tratamentos?
Alguns médicos sugerem que a mulher deve tentar coletar qualquer tecido que tenha perdido por via vaginal, para que seja possível examiná-lo, em busca de definir melhor sua causa.Antibióticos podem ser utilizados por 24 a 48 horas. Podem ser administrados medicamentos para ajudar a contração do útero e para parar o sangramento. Caso o tipo sanguíneo da mãe seja Rh negativo e o feto tinha Rh positivo, a mãe necessitará de vacina anti-Rh. Se ela não fizer uso dessa medicação, poderá ocorrer rejeição ao feto nas futuras gestações. Algumas vezes o aborto é incompleto. Isto significa que algum tecido fetal permaneceu no útero. Para evitar infecção, deve ser feito uma procedimento chamado dilatação e curetagem, com a finalidade de esvaziar completamente o útero.
Quais são os efeitos colaterais do tratamento?
Os efeitos colaterais geralmente ocorrem no curto prazo. Medicamentos para o alívio da dor podem provocar náusea, fadiga e vômitos. Antibióticos podem causar diarréia, reaçao alérgica e dor de estômago. Anestésicos utilizados na dilatação e curetagem podem provoca algumas horas de fadiga, náuseas e sonolência.
O que ocorre após o tratamento?
A mulher que teve um aborto ou passou por uma curetagem, deve permanecer em repouso no leito por 24 horas. Não deve manter relações sexuais ou fazer uso de tampões vaginais por 2 semanas, a não ser que seu médico a oriente de outra forma. A mulher deve procurar seu médico quando sentir febre, sangramento intenso, piora da dor e cólicas. Se a mulher nao quiser ficar grávida novamente, deve usar métodos anticoncepcionais. Caso deseje nova gravidez, alguns médicos sugerem orientações prévias de planejamento familiar por 2 a 3 meses antes de tentar conceber novamente.
Como a condição é monitorizada?
O ginecologista pode solicitar exames de sangue semanais para seguir os níveis de HCG até que estes estejam próximos do zero. Isto assegura que a gestaçao realmente findou. Ocasionalmente, são feitos alguns exames do tecido fetal, para se detectar possíveis alterações genéticas.

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