terça-feira, 3 de novembro de 2009

ABORTO SÉPTICO
Aborto infectado.
O aborto séptico ocorre quando uma infecção se desenvolve dentro do útero gravídico. Se não constatada a tempo, a infecção poderá se espalhar pelas estruturas adjacentes ou até atingir a corrente sangüínea.
O que acontece com o organismo?
Geralmente, a infecção pode ser prevenida pelo muco existente no colo uterino e também pelas membranas que envolvem o feto. O aborto infectado pode ser decorrente das próprias bactérias que vivem na vagina, por organismos de uma doença sexualmente transmissível mal tratada, ou por uso de materiais contaminados durante a curetagem. A infecção não tratada pode se espalhar pelo útero e atingir órgãos adjacentes. Se a infecção atingir a corrente sanguínea o indivíduo entrará em septicemia apresentando problemas que podem levar até ao óbito.
Quais são os sinais e sintomas da doença?
A mulher grávida pode apresentar: sangramentos vaginais intensos e prolongados, dor nas costas, desconforto pélvico, calafrios, febre acima de 38ºC, cólica ou dor abdominal intensa. Com o passar do tempo se não for tratada a mulher começará a apresentar sinais de choque com queda da pressão arterial, queda acentuada da temperatura corpórea, parada ou diminuição de urinar e falta de ar.
Quais são as causas e os fatores de risco da doença?
O aborto séptico normalmente ocorre devido: rompimento das membranas que envolvem o feto, por introdução de objetos ou produtos químicos no interior da vagina com intuito de provocar aborto.
O que fazer para prevenir?
Para diminuir os riscos de infecção, a mulher deve: fazer exames de controle de doenças sexualmente transmissíveis no primeiro trimestre de gestação. Se a mulher achar que abortou ou tiver abortado, ela deve imediatamente procurar o médico. Alguns sinais servem de alerta de que algo está errado como: sangramento vaginal acompanhado de cólica, saída de restos embrionários e coágulos.
Como é feito o diagnóstico?
Temperaturas acima de 38ºC acompanhadas de sinais e sintomas de abortamento séptico fecham o diagnóstico. Outras causas de febre como gripes, infecções urinárias devem ser descartadas. Um exame físico e ginecológico detalhado deve ser feito, podendo encontrar: sinais de peritonite que é inflamação ou infecção de uma membrana que envolve o abdome e a pelve, além de revestir os órgãos internos do abdome. Outros exames também podem ser feitos para ajudar no diagnóstico como: exame de sangue que apresentará aumento de glóbulos brancos; ultra-som pode encontrar restos fetais, feto morto ou ausência de feto no interior do útero; e, exames laboratórias de cultura podem detectar bactérias no útero ou na corrente sangüínea.
Quais os efeitos crônicos da doença?
A mulher fortemente doente apresentará sinais de choque séptico e falência cardíaca como: parada ou diminuição de urina, queda da pressão arterial, taquicardia, confusão mental e coloração acinzentada da pele. Isso pode levar a insuficiência renal, sangramentos generalizados por distúbios da coagulação, sendo difícil o controle do sangramento, podendo levar a morte do paciente.Se a infecção se espalhar para o abdome, outros órgãos podem ser infectados. Isso pode levar a formação de cicatrizes ou adesões teciduais que se manifestam como: dor pélvica crônica, obstipação intestinal, infertilidade devido obstrução da trompa de Falópio.
Quais são os tratamentos?
Medidas imediatas e agressivas são necessárias para evitar complicações sérias. Soro intravenoso mantém a pressão arterial além fazer com que a mulher volte a urinar , antibióticos intravenosos ás vezes são necessários para eliminar as bactérias e são usados até o desaparecimeto da febre. Após estabilização clínica deve-se realizar curetagem uterina para retirada dos restos fetais ainda presentes.Em casos graves, abscessos podem se formar nos ovários ou nas trompas, sendo necessária retirada do útero e outros órgãos acometidos.
Quais são os efeitos colaterais do tratamento?
Eles variam dependendo do antibiótico usado, podendo apresentar: reações alérgicas, diarréia, erupções na pele, infecções vaginais por fungo. A gentamicina, um antibiótico que pode ser usado no tratamento, pode causar danos renais e nervosos.
O que acontece após o tratamento?
A mulher pode se sentir cansada por semanas após a internação. Tomar diariamete vitaminas que contêm ferro ajudam na recuperação. Ela não poderá ter relações sexuais ou usar absorventes internos por pelo menos duas semanas, até que ela tenha seu retorno com o médico.Se o casal não desejar ter filhos, o casal ou a mulher devem usar métodos contraceptivos. Se a gravidez for desejada, o casal deverá esperar de 3 a 6 meses após o tratamento para tentar novamente. Se após um ano do tratamento a mulher não conseguir engravidar, exames devem ser realizados para verificar se houve comprometimento das trompas de Falópio. A mulher deve ficar aterta para sinais de depressão pois nestes casos a terapia ou uso de antidepressivos podem ajudar.
Como fazer o acompanhamento da doença?
Após o tratamento a mulher é orientada a procurar o médico se tiver febre, dor abdominal, sangramento vaginal, saída de secreções malcheirosas. As complicações tornam-se menos frequentes após 4 a 6 semanas do abortamento, podendo variar.

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